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sábado, 24 de agosto de 2013
Todos Nós Temos Um Pouco de Renan Calheiros
Se você já furou a fila na balada, para ganhar tempo, passando na frente de quem está lá há um tempão, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você já comprou algo sem nota, para pagar menos, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você já dirigiu sem carteira de motorista, porque “era só até a esquina”, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você já comprou ingresso com desconto de estudante, mesmo já formado, porque “todo mundo faz assim”, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você contrata seus funcionários e exige nota fiscal, em vez de pagar na carteira, com o objetivo de pagar menos imposto, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você organizou algum tipo de sorteio ou promoção, e deu dicas e atalhos para amigos, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você recebeu troco a mais, e não devolveu depois de perceber o valor errado, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você usou equipamento da empresa para fazer um job de freelancer, quando isso vai contra as normas da companhia, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você já estacionou em local proibido (vale vaga de idosos e gestantes), porque era “não ia demorar nem cinco minutos”, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você entrou num casamento, 15 anos ou formatura sem ser convidado (talvez até usando o nome de outra pessoa, e prejudicando a entrada dessa pessoa), você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você comprou um pneu, rádio, antena ou roda de origem duvidosa, e não conferiu para aproveitar a oferta, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você já bebeu e dirigiu, mas usou o Twitter para não cair na Balada Segura, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se, na hora do check-out do hotel, você não se esforçou muito para lembrar o que consumiu na noite anterior porque “isso já está computado no valor da diária”, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se a vista da sua casa se prejudica por uma árvore, que é protegida pelos órgãos ambientais e precisaria de autorização para ser cortada, mas você não deu a menor bola porque “eles nunca vão saber”, você é um pouco de Renan Calheiros.
Se você já empurrou a cerca da sua casa um pouquinho para o lado, avançando no espaço do vizinho, para tentar ganhar terreno, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você registrou o carro no nome de um familiar mais velho, com o único objetivo de pagar valores mais baixos no seguro, você tem um pouco Renan Calheiros.
Se você chegou tarde no restaurante, e usou a sua influência para conseguir uma mesa (passando na frente de todo o pessoal que está esperando), você é um pouco Renan Calheiros.
Se você já subornou um fiscal de trânsito para não receber multa, você é um pouco Renan Calheiros.
Se você já chamou um táxi pela rádio, mas decidiu pegar um que passou na rua, e não cancelou a sua chamada inicial, você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você pediu um livro, CD, jogo de videogame (ou até mesmo dinheiro) emprestado a um amigo, não pagou e deixou assim mesmo (“já que ele nunca vai lembrar”), você tem um pouco de Renan Calheiros.
Se você já fez um comentário racista ou homofóbico, e depois disse “estou brincando”, quando na verdade não estava, você tem um pouco de Renan Calheiros. E, neste caso, um pouco de Marco Feliciano também.
Todos os exemplos citados acima são verídicos, testemunhados por mim. Aconteceram com amigos, conhecidos, colegas de trabalho, familiares e até comigo mesmo. Muitas dessas coisas, como você deve ter se dado conta, não estão fora da lei. Mas, na minha visão, todas elas têm algum desvio de caráter.
Acredito que o problema do Brasil, antes da corrupção que tanto condenamos nas capas da Veja, nas câmeras escondidas do Fantástico e nas reportagens do CQC, é a corrupção cometida por nós mesmos.
São os pequenos delitos, supostamente inocentes, que minam a nossa cultura.
O Brasil é um país em que ser metido a malandro, em vez de gerar vergonha, é motivo de orgulho. É sinal de esperteza.
Ou você nunca ouviu alguém se exibir porque “deu um jeitinho”?
Algumas atitudes já estão arraigadas de tal forma ao nosso cotidiano que fazemos de forma automática, sem nem nos darmos conta.
Acredito no Brasil. E acredito que o Brasil pode ser o país do futuro. Se ficar de olho nos Renan Calheiros, mas se também chamar a atenção do amigo que estacionou em cima da faixa de segurança.
Essa fiscalização, que deveria acontecer de nós para nós mesmos, faria uma sociedade menos corrupta, mais solidária e mais consciente. E, só com um grau de consciência diferente do que temos hoje, é que podemos, de fato, mudar alguma coisa.
Enquanto todos formos malandros, todos seremos manés.
Não sei de você. Mas, para mim, a diferença entre um cara que rouba toalha de hotel (outro caso que testemunhei) e um que rouba verba pública é, apenas, a dimensão. O crime em si é o mesmo. O modelo mental é o mesmo. Talvez, no lugar do Senador, essa pessoa repetisse o fadado bordão: “Mas se eu não fizer, alguém vai”.
Pois é. Alguém vai. Mas até onde isso vai?
Se você leu os exemplos acima, se identificou com algum deles, e sentiu vergonha – como eu senti –, bom sinal. Já é um começo.
Agora, meu medo é se você leu, se identificou e não viu nada de errado.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
A busca de um sentido e significado de vida não devem ser confundidos com ambições pessoais para o sucesso. Só podem ser alcançados através do conhecimento de quem realmente somos e o que estamos destinados a ser.
Nossa identidade não pode ser encontrada a partir de circunstâncias externas. Ela deve ser construída baseada nos valores e crenças que definem a nossa individualidade.
De acordo com Alfred Adler, ambições egoístas de fama, poder e riqueza são equivocadas, porque, no final, levam a desilusão ao invés da realização. As armadilhas do sucesso nunca preencherão o vazio interior do sentido e significado de nossa existência.
A necessidade de um sentido não deve ser confundida com orgulho. O significado depende principalmente da nossa auto-estima.
Amar e ser amado são ingredientes fundamentais para um sentido de vida, que podem ser alcançados através de um comportamento consciente. A humildade em tudo aquilo que você faz, aproxima sua vida do sentido mais puro que ela possa ter.
Embora o orgulho pareça ser um primo próximo de uma boa autoestima, tem uma origem diferente. Orgulho é egoísta e destrutivo, contrario à descoberta do verdadeiro sentido para nossas vidas.
Enfim, o que realmente importa não são os aplausos, mas a vida vivida.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Às vezes, o melhor a fazer é não pensar, apenas se deixar levar pelo embalo doce que as emoções nos trazem a todo instante. Não saber dessa mania (des)humana de querer uma lógica para tudo. Nem tudo precisa ser estudado ou explicado. Estamos aqui para sentir e a gente só aprende a sentir sentindo. Pode soar meio confuso, mas é tão simples. Não precisa ter medo, um sentimento bonito só pode nos fazer bem. Gostar de alguém, desde que a gente se goste, não detona o coração.
Ei, não precisa ficar com o pé atrás ou receosa, sentir não é pecado. A gente precisa ter coragem e força para vencer obstáculos, subir os pequenos degraus que vão nos levar até onde for preciso. Não fica com essa cara de assustada.
Olha, as coisas não são tão lindas como nos livros, mas garanto que são muito mais verdadeiras.
Ei, respira fundo. Manda todos os fantasmas embora. Se não deu certo com outras pessoas outras vezes não quer dizer que agora vai ser igual. Então, você me pergunta: por que agora é diferente? E eu te respondo, de peito aberto: porque sempre tem alguém disposto a te fazer feliz.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Somos Tão Jovens ...
Descomplique seu passado, para que possa descomplicar seu presente.
Você não pode mudar o que aconteceu, mas pode alterar a interpretação que faz dos eventos. Quase sempre, as coisas não foram tão más quanto pensamos, mas nossa visão as torna assim, e inviabilizamos nosso presente e destruímos nosso futuro.
Ainda que tenhamos tido um passado terrível, a forma como enfocamos o que houve e como reagimos no presente pode converter as tragédias de ontem em trampolim para a glória do amanhã.
Seja bom consigo, um pouco ao menos. No mínimo, seja justo: quem errou tem direito a tentar de novo, experimentar diferente, aprender e se tornar melhor.
A auto-martirização não o levará a lugar nenhum - dá-lhe uma sensação de justiça feita, mas, em verdade, é a pior das injustiças, porque somente com o bem que se faz paga-se realmente pelo mal que se fez; e você não poderá fazer o bem, enquanto se mantém fixado à imagem de má pessoa.
sábado, 9 de março de 2013
Brincar de Viver!
Vamos brincar de tratar a realidade? Ela também adoece, muitas vezes, por sua causa. Ela vai se tornando um espaço turvo, sem muitas saídas, com muita poeira e desolação. Vida perfeita? Não há um ser humano que tenha. E tem graça a perfeição? Viver sem surpresas? Debruçar-se no estático? Deve ser totalmente sem graça. E é por isto que Deus preparou essa linha sinuosa, cheia de altos e baixos. Uma maneira de nos fazer ter lições que nos levem a aprender a sermos quem optamos.
Dizem aos quatro cantos que paciência tem limites? (E TEM MESMO!!) Então, ponha limites nessa falta de iniciativa, nessa busca de problemas, nesse pensamento negativo. Faça tudo diferente, eu hoje comecei escovando os dentes pelo lado oposto do que costumo, pode parecer pouco para você, mas as mudanças vem com as pequenas práticas, o importante é o começo, o resto é você quem trata.
Hoje é dia de exercitar a saúde da sua realidade, chega de deixa-la acamada!
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Afinidade...
"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente. (...)
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.(...)
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.(...)
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.(...)
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.(...)"
(Arthur da Távola)
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Coisas de filme que eu gostaria de fazer.
Trocar a cor do cabelo apenas passando a mão nele (Witchcraft), pedalar até levantar vôo (E.T.), beijar o Colin Firth (Bridget Jones), entrar dentro de um livro (Neverending Story), voltar ao passado (Peggy Sue), ir ao futuro (Back to the Future), passar um dia pirando muito na cidade com meus melhores amigos (Ferris Bueller’s day off), ser linda e ryca (Clueless), voltar ao segundo grau e fazer tudo diferente (Never Been Kissed), estar no segundo grau e matar todo mundo (Carrie), ter a Cher como mãe (Mermaids), ser Scarlett O’Hara (Gone with the Wind), ter o elixir da vida eterna (Death Becomes Her), comer bolo vestida de renda chantilly (Marie Antoinette), pegar Harrison Ford na sua melhor fase (Star Wars), entrar no pensamento de outra pessoa (Being John Malkovich), comer tomates verdes fritos no Whistlestop café (Green Fried Tomatoes), ter um professor realmente inspirador (Dead Poets Society), encher a cara dos inimigo tudo de porrada (Karate Kid), salvar um monte de pessoas (Schindler’s List), apagar coisas e pessoas da minha memória (Eternal Shine of the Spotless Mind), estar grávida de João Carlos Prestes e ter o filho no Brasil (Olga).
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