quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Coisas de filme que eu gostaria de fazer.

Trocar a cor do cabelo apenas passando a mão nele (Witchcraft), pedalar até levantar vôo (E.T.), beijar o Colin Firth (Bridget Jones), entrar dentro de um livro (Neverending Story), voltar ao passado (Peggy Sue), ir ao futuro (Back to the Future), passar um dia pirando muito na cidade com meus melhores amigos (Ferris Bueller’s day off), ser linda e ryca (Clueless), voltar ao segundo grau e fazer tudo diferente (Never Been Kissed), estar no segundo grau e matar todo mundo (Carrie), ter a Cher como mãe (Mermaids), ser Scarlett O’Hara (Gone with the Wind), ter o elixir da vida eterna (Death Becomes Her), comer bolo vestida de renda chantilly (Marie Antoinette), pegar Harrison Ford na sua melhor fase (Star Wars), entrar no pensamento de outra pessoa (Being John Malkovich), comer tomates verdes fritos no Whistlestop café (Green Fried Tomatoes), ter um professor realmente inspirador (Dead Poets Society), encher a cara dos inimigo tudo de porrada (Karate Kid), salvar um monte de pessoas (Schindler’s List), apagar coisas e pessoas da minha memória (Eternal Shine of the Spotless Mind), estar grávida de João Carlos Prestes e ter o filho no Brasil (Olga).

they’ll forgive anything but greatness

E aí chega o dia em que você precisa aceitar a real: que a sua melhor forma de ganhar certas discussões é se retirando delas. Os seus argumentos podem até ser melhores, só que eles não convencem. Nem sempre a verdade é convincente. E nessa hora, para poupar tempo, retórica e economizar humilhação, você pega o seu banquinho e sai de fininho. Esperando que notem porque, de certa maneira, aí está a sua única vitória possível. Mas você sabe que não vão notar a sua ausência. Até porque talvez você já estivesse ausente sem perceber. Talvez seus interlocutores tenham saído antes, muito antes de você se dar conta de que não havia mais discussão alguma e você esteve falando sozinho esse tempo todo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O que aprendi em 2012

E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Do silêncio

Não sei bem quando aconteceu, mas ficamos viciados em barulho. O silêncio se tornou um insuportável sinônimo de vazio, de falta e estamos sempre esperando por um comentário, uma opinião, qualquer ruído com um pouquinho de significado – ou não – para preencher uma lacuna que nos intimida e nos deixa constrangidos. Será medo de pensarem que não temos nada de produtivo a acrescentar? Receio de acharem que a gente é bobo ou até mesmo meio burro? É que o silêncio pressupõe uma intimidade que para muitos pode parecer assustadora e prescindir das palavras é revelar-se em completa nudez. A gente se sabe confortável e íntimo de alguém quando não tem necessidade de preencher os silêncios e descobre que eles fazem parte da conversa, da amizade, do cortejo. É quando nos damos conta de que a falta de barulhos não é constrangedora, mas confortável e bastante convidativa. Silenciar é dar descanso aos ouvidos e colocar os olhos para trabalhar. Deixar que eles passeiem e tomem conta do assunto, que coloquem a conversa em dia e que, numa fração de segundo, trabalhem o que as cordas vocais não deram conta em horas e horas. Olhos nos olhos, quero ver o que você me diz sem pronunciar uma única sílaba. Aí é que está o grande desafio.
Texto de Augusto Paz.

domingo, 1 de abril de 2012


Ando com vontade de ter filhos... Engraçada essa coisa do relógio biológico. Outro dia fiz um plano de "cenários", fazendo leituras em Macroeconomia, e comecei a esboçar um plano de metas para entender os conceitos. Me dei conta, no meio de um gráfico improvisado, de que o que eu mais quero não é o salário de cinco dígitos, pago pelo governo federal e todo mês, com o carro e a casa dos sonhos. O que eu mais quero é uma família, tão linda quanto a que eu tive quando eu era criança, ou mais... Quero levar as crianças pra escola, quero brincar de livrinho, pirueta, teatro, esconde-esconde e cambalhota... Quero contar minhas histórias, quero ouvir as histórias delas, as musiquinhas, quero ficar brava com a "tia" do colégio por qualquer motivo que seja... Quero me acabar de chorar nas homenagens da escolinha, quero abraçar, tomar banho de mangueira em dia quente quando formos dar banho no cachorro, ensinar a ler e a dançar. Quero levar no parquinho, empurrar no balanço, ensinar a amarrar o cadarço ou fazer as trancinhas, levar para ver os avós... Ah... levar pra ver os avós... fingir que fico brava com o pai porque ele sempre mima demais...

Sensação de quando se é criança e o ano letivo começa. Sensação de encapar caderno novo, com desenhos bonitinhos e o cheiro novinho do plástico cuidadosamente escolhido... recorte, estrelas, peixinhos, que lindo!
Sensação de amar, tanto e imensamente, essas crianças que são minhas sem nunca nem terem sido... Sensação de que as quero, com todas as forças que existem em mim, sempre e mais a cada dia. Sensação de que deve ser incrível ser mãe.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Mulheres Mulheres ...

"E daí?
Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão"

(Vinicius de Moraes)

Ah, Vinícius entendia mesmo da essência feminina.